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Selênio - Conheça seus benefícios

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Beneficios do selenio
Foto: Nutrição Joyce
O selênio é um mineral incorporado às selenoproteínas as quais apresentam uma gama enorme de efeitos sobre o organismo, desde antioxidantes e anti-inflamatórios à produção do hormônio ativo da tireóide. Baixos níveis de selênio tem sido associados com um maior risco de mortalidade, sistema imune pobre e declínio cognitivo. Níveis mais altos desse mineral ou sua suplementação tem efeitos antivirais e, é essencial tanto para a reprodução masculina como para a feminina e, reduz o risco de doença auto imune da tireóide. Suas principais fontes incluem a castanha do Pará, os frutos do mar, as aves e a carne vermelha, os grãos de aveia e o arroz integral. A sua recomendação diária tanto para homens como para mulheres é de 55mcg.
É importante ressaltar que o seu excesso pode provocar fadiga muscular, colapso vascular periférico, congestão vascular interna, unhas fracas, queda de cabelo, dermatite, alteração do esmalte dos dentes e vômito. O selênio além de participar da formação de enzimas antioxidantes, também melhora a função da vitamina E. Também desempenha papel crucial na síntese de imunoglobulinas e ubiquinona (Coenzima Q10). É fundamental para evitar doenças mitocondriais, desde dores de cabeça, a fibromialgias e doença de Parkinson.
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Os efeitos anticancerígenos do selênio podem ser decorrentes da sua capacidade em aumentar a atividade dos sistema imune (linfócitos T e células natural killers) ou ainda da sua capacidade em produzir metabólitos que alteram o metabolismo das células tumorais, inibem a angiogênese e induzem a morte da célula tumoral. Atualmente a deficiência desse mineral tem como uma das principais causas o consumo de alimentos pobres nutricionalmente, como os fast foods ou o consumo de alimentos cultivados em solos pobres nesse mineral ou ainda o processamento dos alimentos.
Nos exercícios
O estresse oxidativo (EO) provoca danos ao DNA, gorduras e proteínas tendo um papel crucial na patogênese de muitas doenças como o câncer, a doença cardiovascular e a diabetes. Muitos estudos tem demonstrado que a obesidade e o exercício aeróbico de alta intensidade aumentam o EO. Tem sido postulado que esse EO decorrente da obesidade ocorre devido ao aumento no consumo de oxigênio subsequente à produção de raciais via respiração mitocondrial, queda na capacidade antioxidantes, aumento da deposição de gordura e dano celular. A hiperglicemia, hipertensão e hiperleptinemia também são possíveis fontes de produção de EO no obeso. Além disso, a obesidade está associada com um estado crônico inflamatório.
Várias estratégias tem sido colocadas em prática para atenuar o EO em pessoas com excesso de peso e que se exercitam aerobicamente e intensamente. Essas estratégias incluem a restrição calórica, um aumento no consumo de antioxidantes dietéticos, treino de exercícios e suplementação de antioxidantes como o selênio, que ajudaria na redução do EO associado ao excesso de peso e pelo exercício através da ativação da GPX, uma enzima antioxidante natural dependente de selênio.
A demanda em antioxidantes no organismo treinado é maior, se tais necessidades não forem satisfeitas advirão todas as consequências do estresse oxidativo patológico. A limitação enzimática na atividade antioxidante pode se tornar potente se os fatores exógenos estiverem deficientes no organismo. Supõe-se então, que a suplementação com antioxidantes pode ser interessante para evitar os danos por radicais livres e para retardar a fadiga durante o exercício. Os estudos têm mostrado que a suplementação com selênio tem efeito positivo sobre o conteúdo plasmático da GPx, indicando que a suplementação pode ser interessante no combate aos radicais livres e ao EO promovido pelo exercício.
Saúde óssea
Tem sido demonstrado que a inadequação de selênio pode retardar o crescimento e mudar o metabolismo ósseo. A concentração sanguínea de selênio tem sido inversamente associada com a taxa de formação óssea e positivamente associada com a prevalência de uma baixa densidade mineral óssea. Baixos níveis de selênio são portanto associados com um maior risco de doença óssea. Os pesquisadores acreditam que isso ocorra já que o selênio participa ativamente da defesa antioxidante, ajudando na vigilância do sistema imune e na proliferação e diferenciação celular.
Estudos com animais mostram que a privação de selênio muda o metabolismo ósseo. Esses efeitos está associados com reduções na atividade da GPX1 e nas concentrações circulantes de hormônio do crescimento, do fator de crescimento via insulina (IGF-1) e cálcio, aumento nas concentrações de PTH, vitamina D3 e aumento na concentração urinária de cálcio. Um remodelamento normal ósseo (remoção da matrix óssea danificada e/ou velha pelos osteoclastos e reposição pelo novo osso pelos osteoblastos) depende da função controlada dos radicais livres. Um excesso desses radicais contribui para o desenvolvimento da osteoporose através da inibição da diferenciação osteoblástica e do aumento da função dos osteoclastos.
Estudos recentes mostram que o selênio pode impedir esse aumento da função dos osteoclastos e atenuar a ressorção óssea. Portanto o selênio pode ter um papel celular adicional, particularmente em doses supranutricionais, ou seja, maiores do que as indicadas normalmente. Esse papel inclui a indução da “prisão” do ciclo celular, apoptose (morte celular), função imune e prevenção da ressorção óssea através da inativação dos osteoclastos.
No câncer
O câncer é a principal causa de morte em países economicamente desenvolvidos e a segunda causa em países em desenvolvimento. É muito complexo com novas mutações e fenótipos únicos a um certo indivíduo. É uma doença dos cromossomos e o problema é que na maioria dos cânceres pose ser que não ocorra apenas uma mutação e sim várias. A dieta tem sido utilizada como uma forma complementar no tratamento e prevenção dessa doença, especialmente com o uso de suplementos.
A suplementação com o selênio tem sido considerada por ter atividade antioxidante, anti-inflamatória, anti-viral e anticancerígena (ainda controversa). Evidências apontam que a sua atividade anticâncer pode ser observada de forma mais expressiva em populações deficientes nesse mineral. Ele pode afetar o câncer através da regulação da expressão de proteínas redox-ativas, modulando o status redox de várias proteínas, balanceando o status redox intracelular, regulando as respostas imune e inflamatória, mantendo a estabilidade do DNA, induzindo a apoptose e prisão das células tumorais, inibindo a invasão e migração local, bloqueando a angiogênese, ativando ou inativando proteínas cruciais regulatórias da proliferação celular e melhorando enzimas de detox de fase 2.
Em idosos
Estudos sugerem que o selênio exerce um papel essencial na proteção das células contra o envelhecimento precoce, principalmente devido à sua capacidade antioxidante. Ele também pode atuar na detoxificação de metais pesados e de substâncias carcinogênicas, além de estar envolvido na modulação do sistema imune.
Estudos com idosos hipertensos demonstraram que quando comparados a normotensos eles apresentam níveis séricos mais baixos de selênio; o mesmo foi observado em pacientes com doenças cardiovasculares e pacientes com diabetes tipo 2. A ingestão deficiente desse nutriente é provavelmente responsável pela prevalência dos baixos índices de estado nutricional relacionado a este elemento para a maioria da população idosa. A ingestão de selênio também está relacionada com as características das regiões.
As recomendações diárias para o selênio são baseadas na quantidade necessária para maximizar a síntese de glutationaperoxidase, uma enzima antioxidante natural do nosso organismo. Os alimentos ricos em selênio são: castanha do Pará (Brasil), castanha de caju, aveia, cereais integrais, frutos do mar, frango, fígado e brócolis.
Referências:
CHEN, Y-C. et al. IsSelenium a PotentialTreatment for CancerMetastasis?,Nutrients, v.5, p.1149-1168, 2013.
COZZOLINO, S.M.F. Biodisponibilidade de nutrientes, 3 ed, Editora Manole, São Paulo, 2009.
PASCHOAL, V. et al. Suplementação funcional magistral: dos nutrientes aos compostos bioativos, VP Editora, São Paulo, 2008.
RAYMAN, M.P. Seleniumandhumanhealth, Lancet, v.379, p.1256-68, 2012.
SAVORY, L.A. et al. SeleniumSupplementationandExercise: EffectonOxidant Stress in OverweightAdults, Obesity, v.20, n.4, 2012.
WETERMARCK, T. et al. The PharmacologyandBiochemistryofSelenium in Cancer, PharmacologyandNutritionalIntervention in theTreatmentofDisease, Chap. 14, 2014.
ZENG, H. et al. Selenium in Bone Health: Roles in AntioxidantProtectionandCellProliferation, Nutrients, v.5, p.97-110, 2013.
Categorias: Alimentação, Saúde.
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