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Tudo sobre água tônica

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Refrigerante tem fama de saudável, mas esconde uma série de riscos à saúde

POR LAURA TAVARES - ATUALIZADO EM 08/11/2013


Bebida caracterizada pelo gosto amargo, a água tônica parece se encaixar em uma categoria diferente da dos demais refrigerantes. Primeiro porque parece quase não ter açúcar, segundo porque leva a palavra ?água? em seu nome. Só isso já foi o bastante para que inúmeros mitos sobre ela surgissem, incluindo desde receita contra ressaca até alternativa para evitar enjoos. Para desvendar essas e outras crenças, conversarmos com uma equipe de especialistas que derrubou crença por crença. Confira abaixo.
  • Homem com cãibra na panturrilha - Foto Getty Images
  • Açúcar - Foto Getty Images
  • Mulher com dor de cabeça - Foto Getty Images
  • Homem com enjoo - Foto Getty Images
  • Idoso fazendo exercícios - Foto Getty Images
  • Mulher bebendo água - Foto Getty Images
  • Grávida - Foto Getty Images
 
 
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Homem com cãibra na panturrilha - Foto Getty Images

Não previne cãibras

No passado, cãibras eram tratadas com quinina, substância que dá o gosto amargo da água tônica. Após relatos de efeitos adversos do uso de drogas contendo quinina, entretanto, aFood and Drug Administration (FDA), órgão norte-americano regulador de alimentos e medicamentos, retirou do mercado drogas não aprovadas com esse componente. "Assim, o uso da substância para prevenção de cãibras musculares ainda não foi aprovado", afirma a nutricionista Tatiana Branco Barroso, da Nutri Action Assessoria e Consultoria Nutricional. Mas fique tranquilo, a quantidade de quinina presente na água tônica é extremamente baixa e, portanto, está longe de ser considerada uma ameaça à saúde.
Açúcar - Foto Getty Images

Bomba de açúcar

Para muitas pessoas, o gosto amargo da água tônica indica baixa concentração de açúcar, tornando o refrigerante a melhor opção para um paciente de diabetes. Erro grave. "Como qualquer outro refrigerante tradicional, a água tônica é rica em açúcar e, portanto, deve ter sua ingestão controlada se há restrição aos níveis de glicose no sangue", afirma a nutricionista Cátia Medeiros, da clínica Atual Nutrição. Uma latinha da bebida tem quase 10 colheres de chá de açúcar ou 150 calorias, sendo que o consumo de açúcar em uma dieta de 2 mil calorias deve se restringir a 200 calorias por dia.
Mulher com dor de cabeça - Foto Getty Images

Paliativo contra a ressaca

De acordo com o nutrólogo José Alves Lara Neto, da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN), a ideia de que a água tônica cura a ressaca não passa de mito. "Culturamente, acreditamos que tudo que é amargo é veneno ou bom para o fígado", explica o especialista. A sensação de bem-estar que sentimos ao beber água tônica em uma situação como essa também é decorrente da reposição de açúcar no sangue, já que o excesso de álcool leva à hipoglicemia. Mas até isso é passageiro. "O açúcar do refrigerante é rapidamente absorvido, o que provoca rapidamente outra queda da taxa de glicose no sangue". Assim, o ideal é fazer uma alimentação leve e beber bastante água.
Homem com enjoo - Foto Getty Images

Inútil contra a cinetose

cinetose é um tipo de enjoo, decorrente do movimento que vivenciamos dentro do carro ou do ônibus, por exemplo. Para evitar o mal estar, surgiram as mais variadas estratégias e uma delas era beber água tônica antes de passeios ou viagens. Mas, segundo a nutricionista Tatiana, isso pode até piorar o quadro. "O gosto amargo retarda o esvaziamento gástrico e isso pode favorecer a náusea", explica.
Idoso fazendo exercícios - Foto Getty Images

Vilão para os ossos

"Não só a água tônica, mas todos os refrigerantes reduzem a absorção decálcio pelos ossos", afirma a nutricionista Cátia. Segundo ela, isso acontece porque essas bebidas gaseificadas têm fósforo, que compete com o cálcio, atrapalhando o processo. Entretanto, a nutricionista Tatiana levanta a hipótese de que pessoas que sofrem de problemas decorrentes da falta de cálcio no organismo não consomem alimentos fontes desse nutriente na quantidade recomendada. "O ideal é consumir de duas a três porções de laticínios diariamente". 
Mulher bebendo água - Foto Getty Images

Hidratação limitada

Apesar do nome, a água tônica não é uma boa opção para quem deseja se hidratar. "A melhor maneira de hidratar o corpo é tomando água ouisotônicos que, além da água, repõem os minerais perdidos no suor", recomenda o nutrólogo José. Refrigerantes, em geral, são ricos em sódio, açúcar e outros componentes que podem atrapalhar a absorção de água pelas células e que ainda podem ser prejudiciais à dieta.
Grávida - Foto Getty Images

Perigo para gestantes

A quinina, presente na água tônica, pode não ser prejudicial para um indivíduo qualquer, mas o mesmo não pode ser dito quanto a gestantes. "Não há uma quantia segura para a grávida ou o bebê e, por isso, esse refrigerante deve ser evitado pela mulher durante este período", explica a nutricionista Tatiana. Na verdade, refrigerantes, em geral, deveriam ficar de fora da dieta da grávida, já que apresentam corantes e diversas outras substâncias que podem ser uma ameaça à grávida.
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Proteína de beterraba pode substituir sangue humano

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Para estudo, proteína de beterraba pode substituir sangue humano

  • Há 3 horas
thinkstock
Pesquisa levanta possibilidad de adaptar proteína da beterraba para uso em humanos
Uma proteína encontrada na beterraba poderia ser usada para substituir o sangue humano, de acordo com pesquisadores suecos.
A hemoglobina vegetal presente no legume é similar à hemoglobina presente no sangue humano. A proteína, que confere ao sangue a sua cor avermelhada, tem como função principal transportar oxigênio para os tecidos.
A equipe da Universidade de Lund, na Suécia, está investigando se seria possível modificar a substância da beterraba para que ela possa ser absorvida pelos tecidos humanos.
Os cientistas dizem acreditar que isso pode ser conseguido dentro de três anos. Um especialista ouvido pela BBC, no entanto, comentou que apesar de "animador", o estudo só deve trazer resultados concretos "no longo prazo".
Os suecos basearam seu estudo em um trabalho anterior, publicado pela revista científica Plant & Cell Physiology, que concluiu que a hemoglobina vegetal tinha um papel fundamental no desenvolvimento da planta.
Um dos integrantes da equipe, Leif Bulow, disse que o objetivo do grupo era encontrar uma solução para o problema da escassez de sangue.
O sangue produzido a partir da proteína da beterraba poderia ser usado, por exemplo, em transfusões de emergência (por exemplo, em pacientes que perderam muito sangue após um acidente) ou em tratamentos para câncer e doenças do sangue.

Similaridade

Durante o estudo, a proteína da planta se comportou de maneira similar à hemoglobina encontrada no cérebro - e apresentou uma estrutura similar, acrescentou Leif Bulow.
Nelida Leiva, que chefiou a pesquisa na Universidade de Lund, disse que a proteína da planta tem entre 50% e 60% de similaridade com a hemoglobina encontrada no sangue humano, mas é mais "robusta".
Ela disse que o trabalho levanta duas possibilidades: adaptar a proteína da planta para uso em humanos e usar plantas para produzir hemoglobina humana.
O próximo passo, diz a equipe, seria modificar a proteína da planta para ver se ela seria aceita por porcos e, depois, por tecidos humanos.
Comentando o estudo sueco, o cientista britânico Denis Murphy, chefe de Genômica na University of South Wales, em Cardiff, País de Gales, disse à BBC: "O estudo é bom, baseado em ciência feita com rigor, e descreve uma descoberta importante".
"Embora saibamos há várias décadas que plantas produzem proteínas similares à hemoglobina, esse estudo mostra que (essas proteínas) são mais comuns e estão envolvidas em mais processos fisiológicos do que pensávamos".
Ele acrescentou, no entanto, que a ideia de usar essa proteína para substituir a hemoglobina humana era especulação, algo possível muito a longo prazo.
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Selênio - Conheça seus benefícios

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Beneficios do selenio
Foto: Nutrição Joyce
O selênio é um mineral incorporado às selenoproteínas as quais apresentam uma gama enorme de efeitos sobre o organismo, desde antioxidantes e anti-inflamatórios à produção do hormônio ativo da tireóide. Baixos níveis de selênio tem sido associados com um maior risco de mortalidade, sistema imune pobre e declínio cognitivo. Níveis mais altos desse mineral ou sua suplementação tem efeitos antivirais e, é essencial tanto para a reprodução masculina como para a feminina e, reduz o risco de doença auto imune da tireóide. Suas principais fontes incluem a castanha do Pará, os frutos do mar, as aves e a carne vermelha, os grãos de aveia e o arroz integral. A sua recomendação diária tanto para homens como para mulheres é de 55mcg.
É importante ressaltar que o seu excesso pode provocar fadiga muscular, colapso vascular periférico, congestão vascular interna, unhas fracas, queda de cabelo, dermatite, alteração do esmalte dos dentes e vômito. O selênio além de participar da formação de enzimas antioxidantes, também melhora a função da vitamina E. Também desempenha papel crucial na síntese de imunoglobulinas e ubiquinona (Coenzima Q10). É fundamental para evitar doenças mitocondriais, desde dores de cabeça, a fibromialgias e doença de Parkinson.
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Os efeitos anticancerígenos do selênio podem ser decorrentes da sua capacidade em aumentar a atividade dos sistema imune (linfócitos T e células natural killers) ou ainda da sua capacidade em produzir metabólitos que alteram o metabolismo das células tumorais, inibem a angiogênese e induzem a morte da célula tumoral. Atualmente a deficiência desse mineral tem como uma das principais causas o consumo de alimentos pobres nutricionalmente, como os fast foods ou o consumo de alimentos cultivados em solos pobres nesse mineral ou ainda o processamento dos alimentos.
Nos exercícios
O estresse oxidativo (EO) provoca danos ao DNA, gorduras e proteínas tendo um papel crucial na patogênese de muitas doenças como o câncer, a doença cardiovascular e a diabetes. Muitos estudos tem demonstrado que a obesidade e o exercício aeróbico de alta intensidade aumentam o EO. Tem sido postulado que esse EO decorrente da obesidade ocorre devido ao aumento no consumo de oxigênio subsequente à produção de raciais via respiração mitocondrial, queda na capacidade antioxidantes, aumento da deposição de gordura e dano celular. A hiperglicemia, hipertensão e hiperleptinemia também são possíveis fontes de produção de EO no obeso. Além disso, a obesidade está associada com um estado crônico inflamatório.
Várias estratégias tem sido colocadas em prática para atenuar o EO em pessoas com excesso de peso e que se exercitam aerobicamente e intensamente. Essas estratégias incluem a restrição calórica, um aumento no consumo de antioxidantes dietéticos, treino de exercícios e suplementação de antioxidantes como o selênio, que ajudaria na redução do EO associado ao excesso de peso e pelo exercício através da ativação da GPX, uma enzima antioxidante natural dependente de selênio.
A demanda em antioxidantes no organismo treinado é maior, se tais necessidades não forem satisfeitas advirão todas as consequências do estresse oxidativo patológico. A limitação enzimática na atividade antioxidante pode se tornar potente se os fatores exógenos estiverem deficientes no organismo. Supõe-se então, que a suplementação com antioxidantes pode ser interessante para evitar os danos por radicais livres e para retardar a fadiga durante o exercício. Os estudos têm mostrado que a suplementação com selênio tem efeito positivo sobre o conteúdo plasmático da GPx, indicando que a suplementação pode ser interessante no combate aos radicais livres e ao EO promovido pelo exercício.
Saúde óssea
Tem sido demonstrado que a inadequação de selênio pode retardar o crescimento e mudar o metabolismo ósseo. A concentração sanguínea de selênio tem sido inversamente associada com a taxa de formação óssea e positivamente associada com a prevalência de uma baixa densidade mineral óssea. Baixos níveis de selênio são portanto associados com um maior risco de doença óssea. Os pesquisadores acreditam que isso ocorra já que o selênio participa ativamente da defesa antioxidante, ajudando na vigilância do sistema imune e na proliferação e diferenciação celular.
Estudos com animais mostram que a privação de selênio muda o metabolismo ósseo. Esses efeitos está associados com reduções na atividade da GPX1 e nas concentrações circulantes de hormônio do crescimento, do fator de crescimento via insulina (IGF-1) e cálcio, aumento nas concentrações de PTH, vitamina D3 e aumento na concentração urinária de cálcio. Um remodelamento normal ósseo (remoção da matrix óssea danificada e/ou velha pelos osteoclastos e reposição pelo novo osso pelos osteoblastos) depende da função controlada dos radicais livres. Um excesso desses radicais contribui para o desenvolvimento da osteoporose através da inibição da diferenciação osteoblástica e do aumento da função dos osteoclastos.
Estudos recentes mostram que o selênio pode impedir esse aumento da função dos osteoclastos e atenuar a ressorção óssea. Portanto o selênio pode ter um papel celular adicional, particularmente em doses supranutricionais, ou seja, maiores do que as indicadas normalmente. Esse papel inclui a indução da “prisão” do ciclo celular, apoptose (morte celular), função imune e prevenção da ressorção óssea através da inativação dos osteoclastos.
No câncer
O câncer é a principal causa de morte em países economicamente desenvolvidos e a segunda causa em países em desenvolvimento. É muito complexo com novas mutações e fenótipos únicos a um certo indivíduo. É uma doença dos cromossomos e o problema é que na maioria dos cânceres pose ser que não ocorra apenas uma mutação e sim várias. A dieta tem sido utilizada como uma forma complementar no tratamento e prevenção dessa doença, especialmente com o uso de suplementos.
A suplementação com o selênio tem sido considerada por ter atividade antioxidante, anti-inflamatória, anti-viral e anticancerígena (ainda controversa). Evidências apontam que a sua atividade anticâncer pode ser observada de forma mais expressiva em populações deficientes nesse mineral. Ele pode afetar o câncer através da regulação da expressão de proteínas redox-ativas, modulando o status redox de várias proteínas, balanceando o status redox intracelular, regulando as respostas imune e inflamatória, mantendo a estabilidade do DNA, induzindo a apoptose e prisão das células tumorais, inibindo a invasão e migração local, bloqueando a angiogênese, ativando ou inativando proteínas cruciais regulatórias da proliferação celular e melhorando enzimas de detox de fase 2.
Em idosos
Estudos sugerem que o selênio exerce um papel essencial na proteção das células contra o envelhecimento precoce, principalmente devido à sua capacidade antioxidante. Ele também pode atuar na detoxificação de metais pesados e de substâncias carcinogênicas, além de estar envolvido na modulação do sistema imune.
Estudos com idosos hipertensos demonstraram que quando comparados a normotensos eles apresentam níveis séricos mais baixos de selênio; o mesmo foi observado em pacientes com doenças cardiovasculares e pacientes com diabetes tipo 2. A ingestão deficiente desse nutriente é provavelmente responsável pela prevalência dos baixos índices de estado nutricional relacionado a este elemento para a maioria da população idosa. A ingestão de selênio também está relacionada com as características das regiões.
As recomendações diárias para o selênio são baseadas na quantidade necessária para maximizar a síntese de glutationaperoxidase, uma enzima antioxidante natural do nosso organismo. Os alimentos ricos em selênio são: castanha do Pará (Brasil), castanha de caju, aveia, cereais integrais, frutos do mar, frango, fígado e brócolis.
Referências:
CHEN, Y-C. et al. IsSelenium a PotentialTreatment for CancerMetastasis?,Nutrients, v.5, p.1149-1168, 2013.
COZZOLINO, S.M.F. Biodisponibilidade de nutrientes, 3 ed, Editora Manole, São Paulo, 2009.
PASCHOAL, V. et al. Suplementação funcional magistral: dos nutrientes aos compostos bioativos, VP Editora, São Paulo, 2008.
RAYMAN, M.P. Seleniumandhumanhealth, Lancet, v.379, p.1256-68, 2012.
SAVORY, L.A. et al. SeleniumSupplementationandExercise: EffectonOxidant Stress in OverweightAdults, Obesity, v.20, n.4, 2012.
WETERMARCK, T. et al. The PharmacologyandBiochemistryofSelenium in Cancer, PharmacologyandNutritionalIntervention in theTreatmentofDisease, Chap. 14, 2014.
ZENG, H. et al. Selenium in Bone Health: Roles in AntioxidantProtectionandCellProliferation, Nutrients, v.5, p.97-110, 2013.
Categorias: Alimentação, Saúde.
Com as tags: arroz integral, aves, carne vermelha, castanha do pará, fontes de selênio, frutos do mar, mineral, selênio, selênio e o câncer, selênio e saúde óssea, selênio em idosos, selênio nos exercícios by Joyce Rouvier.
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