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A poderosa vitamina D


Extraído da Revista Isto É

A poderosa vitamina D


Novos estudos revelam que ela Combate doenças como Diabetes e hipertensão e até ajuda a emagrecer. o problema é que está em quantidade insuficiente em metade da população mundial

Mônica Tarantino e Monique Oliveira
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Os livros didáticos disponíveis atualmente ensinam que a vitamina D é essencial na formação dos ossos e dentes. Mas esses textos precisarão ser reformulados para acrescentar uma longa lista de benefícios descobertos recentemente, que revelam que a substância faz muito mais pelo organismo do que se imaginava. Ela ajuda a emagrecer, fortalece o sistema de defesa do organismo, auxilia na prevenção e tratamento de doenças como a diabetes e a hipertensão e está associada a uma vida mais longa – para falar somente de alguns de seus efeitos positivos. Por essa razão, a vitamina tornou-se a mais nova queridinha dos médicos em todo o planeta. Muitos já estão solicitando a seus pacientes que meçam sua concentração no corpo e façam sua reposição se assim for necessário.
Um dos achados mais reveladores – e que ajuda a sustentar a nova atitude dos médicos – surgiu de um trabalho de cientistas da Universidade de Oxford, na Inglaterra. Eles sequenciaram o código genético humano para averiguar quais regiões do DNA apresentavam receptores para a vitamina. Receptores são uma espécie de fechadura química só aberta por chaves compatíveis – nesse caso, a vitamina D –, para liberar o acesso e a ação do composto à estrutura à qual pertencem.
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O time de Oxford descobriu nada menos do que 2.776 pontos de ligação com receptores de vitamina D ao longo do genoma. “A pesquisa mostra de forma dramática a ampla influência que ela exerce sobre nossa saúde”, concluiu Andreas Heger, um dos coordenadores do trabalho, publicado pela revista “Genome Research”. Isso quer dizer que sua presença faz uma bela diferença na forma como trabalham os genes. “Todas as células mapeadas possuem receptores diretos da vitamina”, explica o dermatologista Danilo Finamor, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
A outra comprovação inquestionável do poder abrangente da vitamina no corpo humano veio de uma ampla revisão de trabalhos científicos realizada pela Sociedade Americana de Endocrinologia cujo resultado foi divulgado há dois meses. “Ela age no coração, no cérebro e nos mecanismos de proliferação e inibição de células, entre outros sistemas”, disse à ISTOÉ o bioquímico Anthony Norman, professor da Universidade da Califórnia (EUA), um dos maiores estudiosos do tema e integrante do comitê responsável pela compilação de dados a respeito do assunto. “A vitamina D também atua nos músculos, que são as únicas estruturas capazes de dar mais estabilidade aos ossos”, diz o ortopedista André Pedrinelli, do Hospital Santa Catarina, de São Paulo.
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Muito do que se sabe a respeito dos novos benefícios da substância é referente à diabetes tipo 2, que hoje exibe proporções epidêmicas no mundo. Trabalhos demonstram que níveis baixos da substância estão relacionados a uma disfunção ligada à origem da doença chamada resistência à insulina. A insulina é o hormônio que permite a entrada, nas células, da glicose circulante no sangue. No caso da diabetes tipo 2, ela não consegue cumprir sua função corretamente e o resultado é o acúmulo de glicose na circulação sanguínea, o que caracteriza a enfermidade.
Uma das pesquisas a evidenciar a relação vitamina D-diabetes tipo 2 foi feita pelo cientista Micah Olson, da Universidade do Texas (EUA). Ele mediu os níveis da vitamina, de glicose e de insulina no sangue de 411 crianças obesas e 87 não obesas. “As obesas com níveis mais baixos do composto tinham maior grau de resistência à insulina”, disse. Em adultos, dá-se o mesmo. No mês passado, estudo publicado na revista “Diabetes Care” mostrou que pessoas com pequena quantidade da substância apresentavam 32 vezes mais resistência à insulina do que a média dos voluntários avaliados.
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A informação do papel da vitamina no desenvolvimento da enfermidade mudou a conduta médica. A endocrinologista Maria Fernanda Barca, de São Paulo, membro da Sociedade Americana de Endocrinologia, por exemplo, é uma das que já indicam sua reposição, se for preciso. “Quando comecei a pedir dosagens, vi que cerca de 70% dos pacientes estavam com carência ou insuficiência da substância”, diz.
Também já existe um consenso científico de que, quanto mais obesa a pessoa, menos vitamina D ela apresenta. Não está claro, porém, se a obesidade por si só diminui a presença da vitamina no organismo ou se é o contrário. Mas, mesmo sem conhecer os mecanismos pelos quais a baixa concentração da substância contribui para o acúmulo de gordura, os médicos estão incluindo sua reposição na lista de estratégias mais recentes na briga contra a balança.
Só por ajudar no controle da diabetes e da obesidade – dois fatores de risco para doenças cardíacas –, a vitamina já poderia ser chamada de aliada do coração. No entanto, descobriu-se que ela combate também a hipertensão, bloqueando a ação de uma enzima envolvida na elevação da pressão arterial. “Por isso, pode ser dada como coadjuvante no tratamento da doença, se for comprovado seu déficit”, afirma Aluízio Carvalho, professor de nefrologia da Unifesp.
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O sistema imunológico é outro beneficiado. “Ela atua como um modulador do sistema de defesa do corpo”, explica a endocrinologista Cláudia Cozer, de São Paulo, diretora da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica. A quantidade certa da vitamina permite que o corpo se defenda melhor, por exemplo, das gripes e resfriados de repetição. “Uma das células beneficiadas por ela são os linfócitos T, que agem sobre as células estranhas e infectadas por vírus”, diz o bioquímico Anthony Norman, da Universidade da Califórnia. Alguns pesquisadores sugerem que a substância pode reduzir a mortalidade por pneumonia entre pacientes internados e ter ação específica sobre o bacilo de Koch, o causador da tuberculose.
Até as complexas doenças autoimunes se revelam sensíveis à vitamina. Essas enfermidades são desencadeadas por uma disfunção do sistema de defesa que faz com que ele comece a atacar o próprio organismo. Se ataca proteínas localizadas nas articulações, deflagra a artrite reumatoide. Se forem células da pele, há vitiligo ou psoríase. Nesse campo, a substância também tem sido vista como uma esperança, inclusive para pacientes de esclerose múltipla, enfermidade autoimune que acomete células nervosas e leva à perda gradual dos movimentos. Já se sabe que o seu avanço é mais rápido em quem convive com níveis baixos da substância, conforme documentou um estudo da Universidade de Maas­tricht, na Holanda, a partir do acompanhamento de 267 pessoas com a doença.
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RECEITA
A médica Cláudia Cozer é uma das que indicam
a reposição da vitamina se for preciso
Na Unifesp, mais de 800 portadores de esclerose múltipla estão recebendo doses do composto, sob responsabilidade do neurologista Cícero Galli Coimbra, um entusiasta do tratamento. “São doentes com déficit comprovado e resistência genética à vitamina”, explica o médico. “É uma terapia eficiente, que precisa ser divulgada”, diz Coimbra, criador do Instituto de Autoimunidade, voltado a esse tipo de tratamento.
Na mesma linha de intervenção segue a Universidade de Toronto, no Canadá. Pacientes com a enfermidade lá tratados apresentaram uma notável diminuição da perda de células nervosas. No entanto, o tratamento é considerado complementar e tem opositores. A terapia convencional da doença é feita com o medicamento interferon-beta, que modula o sistema imunológico.
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TRATAMENTO
O neurologista Cícero Galli coordena pesquisa sobre
o efeito da vitamina no controle da esclerose múltipla
A pesquisa das ligações do composto com o câncer é um campo dos mais desafiadores para os pesquisadores. Em junho, cientistas da Universidade da Carolina do Norte (EUA) anunciaram que pacientes com tumor de pâncreas com maior quantidade de receptores para a substância têm sobrevida maior do que os outros. Antes, eles já tinham sido encontrados pelos cientistas britânicos em áreas associadas à leucemia linfática crônica e câncer colorretal. Há também suspeita de que a vitamina regule genes ligados aos tumores de próstata e pesquisas mostrando doses deficientes em mulheres com câncer de mama. “Um estudo mostrou que o aumento de sua quantidade poderia impedir aproximadamente 58 mil novos casos de tumor de mama e 49 mil novos casos de câncer colorretal a cada ano”, disse à ISTOÉ a médica Archana Roy, da Clínica Mayo (EUA). “Mas outros trabalhos são necessários para esclarecer e comprovar essas relações”, pondera a endocrinologista Ana Hoff, do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.
Embora seja chamada de vitamina, a substância é, na verdade, um pró-hormônio. Ou seja, dá origem a vários hormônios importantes para o corpo. É sintetizada a partir de uma fração do colesterol, transformada sob a ação dos raios ultravioleta B do sol. Ela também está presente em alimentos – principalmente peixes de água fria –, mas sua concentração neles é pequena e seria suficiente para fornecer apenas 20% das necessidades diárias.
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FALTA
No consultório da endocrinologista Maria Fernanda, 70% dos
pacientes tinham quantidade insuficiente da substância
É por essa razão que hoje os especialistas encontram-se preocupados. Ao mesmo tempo que fica cada vez mais clara sua importância para a saúde, o mundo enfrenta uma espécie de epidemia de déficit da substância. Segundo a Organização Mundial da Saúde, metade da população mundial tem menos vitamina D do que precisa. De acordo com a OMS, há insuficiência quando o exame de sangue indica uma concentração menor do que 30 ng/ml (nanogramas por mililitro de sangue). Valores abaixo de 10 ng/ml são classificados como insuficiência grave. Dosagens iguais ou superiores a 30 ng/ml estão na faixa da normalidade, cujo limite máximo é 100 ng/ml.
A enorme deficiência se deve principalmente à pouca exposição ao sol que as pessoas têm atualmente. Para que seja sintetizada na quantidade adequada, recomenda-se a exposição de partes do corpo (braços e pernas, por exemplo) entre 20 e 30 minutos ao sol diariamente, sem filtro solar. Ou, como orienta outra corrente, expor 15% da superfície da pele (equivale a dois braços) pelo menos três vezes por semana, com filtro solar. E, nesse caso, fazer complementação com suplementos receitados a partir da necessidade individual de cada um.
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Essas são as orientações de forma geral. Isso porque as descobertas recentes estão produzindo mudanças nas recomendações das concentrações ideais de acordo com grupos específicos. No ano passado, por exemplo, os americanos elevaram esses valores para a população da terceira idade. Seguindo a tendência americana, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) decidiu aumentar as suas indicações para crianças e adolescentes. “É importante lembrar que, para crianças maiores, a suplementação só será necessária caso a criança não atinja a quantidade de vitamina D recomendada apenas com alimentação e luz solar”, diz Virginia Weffort, do Departamento de Nutrologia da SBP.
A cautela é realmente imprescindível. “Não se deve tomar vitamina D indiscriminadamente”, adverte o endocrinologista Sharon Admoni, do Núcleo de Obesidade e Transtornos Alimentares do Hospital Sírio-Libanês. Em dose excessiva, ela causa enjoo, desidratação, prisão de ventre e pode aumentar a quantidade de cálcio, elevando a pressão arterial. Pode também gerar pedras nos rins. “O ideal é que quem faz suplementação seja bem monitorado pelo seu médico e faça exames periódicos de sangue”, diz a médica Ana Hoff. Dessa maneira, só haverá benefícios.
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Fotos: Montagem sobre foto shutterstock,Rogério Cassimiro/Ag. Istoé, JULIO VILELA, Pedro Dias e Gabriel Chiarastelli/Ag. Istoé; Shutterstock, Pedro Dias e Rafael Hupsel/Ag. Istoé; Shutterstock
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Mudanças à mesa podem fazer a diferença na cama


Mudanças à mesa podem fazer a diferença na cama

IARA BIDERMAN
DE SÃO PAULO

Pessoas que consomem licopeno, selênio, luteína, teobromina e vitamina C em maior quantidade do que outras dormem melhor que essas últimas, concluiu uma nova pesquisa sobre dieta e sono, da Universidade da Pensilvânia. Mas os pesquisadores não sabem o que é causa ou efeito.
"Sabemos que esses micronutrientes têm impacto positivo na saúde em geral. Precisamos de mais pesquisas para comprovar o efeito no tratamento clínico de distúrbios do sono", segundo Michael Grandner, coordenador da pesquisa.
O estudo dá pistas, observa o psiquiatra e especialista em medicina do sono Maurício Viotti Daker, da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Falta comprovar se a falta dessas substâncias faz a pessoa dormir menos.
Para o psiquiatra Alberto Remessar, que dirige uma clínica de distúrbios do sono em São José dos Campos, é preciso descobrir quais nutrientes têm influência real. "Não sei o quanto dos efeitos observados são apenas resultado de um padrão de vida saudável", diz.
GORDURA E AÇÚCAR
Pesquisas anteriores já mostraram que quem dorme pouco tende a comer mais coisas gordurosas, açucaradas e calóricas. "A privação de sono ativa circuitos cerebrais que fazem a pessoa procurar esse tipo de alimento", diz a neurologista Dalva Poyares, do Instituto do Sono de São Paulo, ligado à Unifesp.
Os centros de sono no cérebro, que ficam na região do hipotálamo, estão próximos dos centros ligados ao apetite, explica a neurologista.
Pequenas mudanças no cardápio diário fizeram grande diferença nas noites da socióloga Beatriz Galves, 58.
Eduardo Knapp/Folhapress
A socioóloga Beatriz Galves, na casa onde mora, em São Paulo0
A socioóloga Beatriz Galves, na casa onde mora, em São Paulo0
Há três meses, ela segue uma dieta funcional para tentar resolver dois problemas: o aumento de peso e o cansaço, ambos causados por distúrbios endócrinos.
"Vivia cansada de dia e não conseguia dormir à noite; com algumas substituições de alimentos, em dez dias melhorei meu sono", diz.
Beatriz conta que sempre teve hábitos saudáveis, mas, com ajuste na dieta, começou a comer ainda mais vegetais. O cardápio também inclui grãos, castanhas-do-pará (fonte de selênio) e, diariamente, uma barrinha com cobertura de chocolate Ðalgo que ela comia "no máximo duas vezes por ano".
Chocolate é rico em teobromina, um dos ingredientes apontados na pesquisa como facilitador do sono. Causa surpresa, porque é uma substância estimulante, também encontrada em chás e café.
"A teobromina aumenta a produção de serotonina e dopamina, neurotransmissores ligados ao prazer e ao bem-estar", diz a nutricionista Daniela Jobst, do Centro de Brasileiro de Nutrição Funcional.
Esses neurotransmissores agem na produção de melatonina, o hormônio do sono, segundo a explicação da nutricionista e bioquíma Lucyanna Kalluf, de São Paulo.
"Dietas muito restritivas afetam o humor o dia todo e atrapalham quem quer dormir bem à noite", diz Kalluf.
Esse era um problema para a arquiteta Patrícia Khül de Castro, 36. "Eu tinha dificuldade em acordar, sentia sono fora de hora. Quando fazia regime, ficava pior", conta.
Victor Moriyama/Folhapress
A arquiteta Patricia Khül de Castro, 36, posa no escritório em que trabalha, em Limeira, São Paulo
A arquiteta Patricia Khül de Castro, 36, posa no escritório em que trabalha, em Limeira, São Paulo
Uma dieta rica em antioxidantes e com suplementação de vitaminas e minerais resolveu os dois desconfortos da arquiteta: além de perder os quilos desejados, nunca mais teve problemas para dormir ou acordar.
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Doenças associadas à obesidade custam quase meio bilhão de reais por ano ao SUS


Doenças associadas à obesidade custam quase 

meio bilhão de reais por ano ao SUS


Ministério da Saúde indica que 25% desse valor destinam-se a pacientes com obesidade mórbida

Agência Brasil
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As doenças relacionadas à obesidade custam R$ 488 milhões todos os anos aos cofres públicos, informou hoje (19) o Ministério da Saúde. Dados divulgados pela pasta indicam que 25% desse valor destinam-se a pacientes com obesidade mórbida, que, segundo o ministro Alexandre Padilha, custam cerca de 60 vezes mais do que uma pessoa obesa sem gravidade.

A pesquisa da Universidade de Brasília (UnB) que apontou esses valores considerou dados de internação e de atendimento de média e alta complexidades relacionados ao tratamento da obesidade e de outras 26 doenças relacionadas, como alguns tipos de câncer, isquemias cardíacas e diabetes.

A pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), feita em 2011 pelo Ministério da Saúde, revelou que a proporção de obesos subiu de 11,4% para 15,8% entre 2006 e 2011.

A Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) de 2009 apontou que 21,7% dos brasileiros que têm entre 10 e 19 anos apresentam excesso de peso; em 1970 esse índice era 3,7%. Segundo os dados, 1,14% das mulheres e 0,44% dos homens apresentam obesidade grave, o que representa 0,8% da população.

Ao todo, há 14,8 milhões de brasileiros obesos. O número equivale à quase metade dos obesos dos Estados Unidos. De acordo com Padilha, considerando as pessoas com até oito anos de estudo, o número de obesos é o dobro do verificado entre a população que frequentou a escola por mais tempo. Ele também ressaltou que a maior parte dos obesos está na população mais pobre.
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Estudo mostra de que forma dormir pouco engorda


Extraído da Revista VEJA

Estudo mostra de que forma dormir pouco engorda

Nova pesquisa observou que cinco dias de sono restrito pode engordar um quilo. Isso porque o hábito leva uma pessoa a comer mais do que necessita, especialmente nos horários em que deveria estar dormindo

Balança: Quilos a mais, mas não o suficiente para tornarem uma pessoa obesa, podem reduzir o risco de morte por qualquer causa
Balança: Estudo observa de que maneira pessoas que dormem pouco acabam engordando em apenas alguns dias(Thinkstock)
Passar cinco dias dormindo pouco – menos do que cinco horas por noite — pode ser o suficiente para fazer com que uma pessoa engorde cerca de um quilo, concluiu um novo estudo da Universidade do Colorado em Boulder, nos Estados Unidos. De acordo com a pesquisa, quem passa mais horas acordado, embora gaste mais energia, come mais do que precisa e, assim, ingere uma quantidade de calorias maior do que gasta, especialmente à noite, o que acaba promovendo o ganho de peso.
CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Impact of insufficient sleep on total daily energy expenditure, food intake, and weight gain

Onde foi divulgada: periódico PNAS

Quem fez: Rachel Markwalda, Edward Melansonb, Mark Smitha, Janine Higginsd, Leigh Perreaultb, Robert H. Eckelb e Kenneth Wright

Instituição: Universidade do Colorado em Boulder, EUA

Dados de amostragem: 16 pessoas com uma média de 24 anos

Resultado: Dormir menos do que cinco horas por noite, durante cinco dias, pode engordar, em média, um quilo. Em comparação com pessoas que dormem nove horas por noite, quem tem um sono de apenas cinco horas gasta mais energia, mas consome mais calorias, especialmente após o jantar
Essas conclusões foram publicadas nesta segunda-feira no periódico Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS). Segundo escreveram os autores do estudo no artigo, diversos estudos já relacionaram o hábito de dormir pouco a uma maior propensão à obesidade, mas poucos conseguiram encontrar uma explicação para tal associação.
A pesquisa começou quando a equipe selecionou 16 pessoas saudáveis com uma idade média de 24 anos. Os participantes apresentavam um peso normal, com um índice de massa corporal (IMC) de, em média, 22,9 (o IMC ideal é de 18,5 a 25. Acima disso, o indivíduo é considerado com sobrepeso ou obesidade). Além disso, nenhum deles apresentava problemas em relação à duração do sono: eles dormiam, normalmente, cerca de oito horas por noite.
Ambiente controlado — Durante duas semanas, essas 16 pessoas viveram no Hospital da Universidade do Colorado e dormiram em um dos "quartos do sono" da unidade, onde os pesquisadores são capazes de controlar e monitorar o sono dos pacientes. Nos primeiros três dias, a duração do sono e a quantidade de calorias ingeridas pelos voluntários foram controlados – os participantes dormiam cerca de nove horas por noite e consumiam a energia necessária para manter seu peso.
Depois disso, os participantes foram divididos em dois grupos: um deles passou os cinco dias seguintes dormindo apenas cinco horas por noite, e o restante dos voluntários continuou dormindo nove horas por noite. Após esse período, os participantes trocaram de grupo. Nessa etapa da pesquisa, a equipe ofereceu a ambos os grupos refeições fartas e livre acesso a lanches durante o dia, que incluíam alimentos como frutas, iogurte, sorvete e salgadinhos.
Segundo os resultados, o grupo que passou os cinco dias dormindo menos tempo gastou, em média, 5% a mais de energia do que os voluntários que descansaram por nove horas. No entanto, eles consumiram cerca de 6% a mais de calorias. Além disso, quem teve menos horas de sono apresentou uma maior tendência a comer menos no café-da-manhã, mas a exagerar nos lanches feitos durante a noite e após o jantar, que correspondiam, no geral, à refeição mais calórica do dia.
“Nossos achados mostram que, quando as pessoas têm o sono restrito, elas se alimentam durante seus horários biológicos noturnos, quando o organismo não está preparado para receber comida”, disse Kenneth Wright, diretor do Laboratório do Sono e Cronobiologia da Universidade do Colorado e coordenador do estudo.
Questão de gênero — Os autores do estudo também descobriram que, embora tanto homens quanto mulheres tenham ganhado peso com a restrição do sono, os participantes do sexo masculino também engordaram quando tiveram acesso irrestrito aos alimentos, mesmo dormindo nove horas por noite. As voluntárias, por outro lado, mantiveram seu peso com o sono suficiente, independentemente da quantidade de comida à disposição delas.

Os prejuízos de dormir pouco

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Diminui a capacidade de o corpo queimar calorias

De acordo com uma pesquisa apresentada no encontro anual da Sociedade para Estudo de Comportamento Digestivo (SSIB, sigla em inglês), em julho de 2012, na Suíça, a restrição do sono faz com que um indivíduo consuma mais calorias e, além disso, reduz a capacidade do corpo de queimá-las. Isso ocorre porque dormir pouco aumenta os níveis de grelina, o ‘hormônio da fome’, conhecido assim por induzir a vontade de comer, na corrente sanguínea. Além disso, o hábito promove um maior cansaço, reduzindo a prática de atividades físicas e aumentando o tempo de sedentarismo.
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Governo gasta R$ 488 milhões com tratamentos para obesidade


Governo gasta R$ 488 milhões com tratamentos para obesidade

Maior parte dos gastos ocorreu com atendimento hospitalar, R$ 289 milhões

Agência Estado
com Agência Brasil
Reprodução / BBCAlém da obesidade, outras 26 doenças foram associadas
O Ministério da Saúde gasta anualmente R$ 488 milhões anuais com o tratamento de doenças relacionadas à obesidade, revela pesquisa feita pela Universidade de Brasília.
Foram analisados dados de internação e de atendimento de média e alta complexidade relacionados ao tratamento da obesidade e de outras 26 doenças associadas, como problemas cardíacos, diabetes e cânceres.

De acordo com trabalho, baseado em dados de 2011, a maior parte dos gastos ocorreu com atendimento hospitalar, R$ 289 milhões.
Para atendimento ambulatorial foram gastos R$ 199 milhões. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse que "esse é o momento de agir".
— Temos de adotar ações globais.
A pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), feita em 2011 pelo Ministério da Saúde, revelou que a proporção de obesos subiu de 11,4% para 15,8% entre 2006 e 2011.
A Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) de 2009 apontou que 21,7% dos brasileiros que têm entre 10 e 19 anos apresentam excesso de peso; em 1970 esse índice era 3,7%. Segundo os dados, 1,14% das mulheres e 0,44% dos homens apresentam obesidade grave, o que representa 0,8% da população.
Ao todo, há 14,8 milhões de brasileiros obesos. O número equivale à quase metade dos obesos dos Estados Unidos. De acordo com Padilha, considerando as pessoas com até oito anos de estudo, o número de obesos é o dobro do verificado entre a população que frequentou a escola por mais tempo. Ele também ressaltou que a maior parte dos obesos está na população mais pobre.

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Dieta mediterrânea diminui 30% risco de derrames e infartos

Extraído do Fantástico - G1

Dieta mediterrânea diminui 30% risco de derrames e infartos

Fantástico mostra que é fácil fazer a dieta que reduz em até 30% o risco de derrames e infartos.

 Nesta semana os amantes da boa comida tiveram uma excelente notícia. Uma pesquisa divulgada por uma das mais respeitadas revistas médicas do mundo revela: a dieta mediterrânea reduz em até 30% o risco de derrames e infartos - a causa número um de mortes no Brasil e no mundo.
Foi justamente da terra do presunto cru – e de tantos outros embutidos tentadores – que veio a notícia.
Mas o pessoal que trabalha, no mercado popular em Barcelona, já sabia.
“Como peixe todo dia”, diz o vendedor.
“O melhor remédio pra saúde é comer bem”, diz outro vendedor.
Na região do Mar Mediterrâneo, na Europa, isso significa muito peixe, grãos, legumes, verduras, frutas, nozes e castanhas. E azeite.
A pesquisa do Hospital das Clínicas da Universidade de Barcelona já é considerada a maior em todos os tempos sobre os benefícios da chamada alimentação mediterrânea.
Os médicos acompanharam um grupo de 7.447 espanhóis, homens e mulheres, na faixa dos 55 aos 80 anos, período considerado crítico para as doenças do coração. Todos eles, pacientes de alto risco, com excesso de peso, pressão alta, colesterol, diabetes e até fumantes.
Os participantes foram divididos em três grupos. O primeiro se comprometeu a seguir uma dieta com pouquíssima gordura. E os outros dois grupos fizeram a famosa dieta mediterrânea. Um caprichando no azeite e o outro, nas nozes e castanhas. A pesquisa durou quase cinco anos.
O coordenador do estudo, Ramón Estruck, conta que quem seguiu a dieta mediterrânea diminuiu em 30% o risco de infartos ou derrames, que tantas vezes matam.
“Nós já sabíamos que esse tipo de alimentação baixava a pressão arterial, reduzia o colesterol, combatia inflamações, mas nunca ninguém tinha provado que poderia evitar mortes por doenças cardiovasculares”, disse Ramón.
A pesquisa repercutiu no mundo inteiro.
“Isso foi de fato uma novidades. O estudo teve que ser interrompido porque o benefício estava tão grande que passou a ser antiético deixar as pessoas naquele grupo que não fazia a dieta do mediterrâneo”, contou a diretora do Instituto Nacional de Cardiologia Cynthia Magalhães.
No Brasil também dá para seguir a dieta mediterrânea.
O Fantástico convidou uma nutricionista para mostrar como os restaurantes por quilo estão cheios de boas opções.
“O prato ele é composto por metade de legumes e verduras, um quarto dele de carboidratos e grãos, e o outro um quarto de peixe”,
E se você quiser mesmo seguir a dieta mediterrânea tradicional, a que foi testada pelos cientistas, o recomendado é comer peixe no mínimo três dias na semana.
Anote aí: pode ser pescada, tilápia, sardinha, salmão.
O importante é ficar atento ao preparo: melhor o peixe grelhado ou no forno. Nada de peixe frito!
Mas quem resiste às tentações?
“Chega sexta-feira e a gente sai da dieta, come uma carne gorda, um gorgonzola, um camarão com catupiry, uma batata-frita”, diz Jorge.
“A carne vermelha, principalmente essa, com essa gordurinha, é um importante inimigo do coração”, explica a nutricionista Danielle Resende.
Comer carne vermelha e frango pode, mas sem gordura, e no máximo duas vezes por semana.
“Nós montamos três opções de pratos da dieta mediterrânea. Nesse primeiro prato a gente tem arroz integral, legumes e verduras variados, e um peixe com molho de tomate, que é um protetor cardíaco. Nesse segundo prato, a gente tem a batata, em substituição ao arroz, usamos a soja em grãos, legumes e verduras variados. E nesse caso, a gente usou um peixe com salsinha”, mostrou a nutricionista. “Nessa terceira opção a gente tem a combinação do arroz com feijão, uma saladinha de legumes grelhados, sempre uma folha, pra acompanhar. E o salmão como a nossa proteína do dia”.
Mais uma vez atenção: é fundamental comer todos os dias um punhado de nozes, castanhas, amêndoas, misturados na comida ou não.
E para completar, a proteção especial do principal ingrediente do mediterrâneo: o azeite extra virgem.
“O que não pode é achar que está protegido só porque está botando azeite na feijoada, por exemplo”, adverte Cynthia Magalhães.
O azeite é para ser usado com alimentos saudáveis! Prato feito, é hora de brindar, afinal a dieta também recomenda tomar uma taça de vinho por dia. Ou um copo de suco de uva.
Saúde!
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Açai refrescancia e saúde

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Descrição: O açaí, altamente energético, renova o ânimo em momentos de esgotamento físico ou mental
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Originário da Amazônia e conhecido pela sua cor roxa quando processado, o açaí sempre foi muito consumido no Pará, Amazonas, Maranhão e Amapá. Nos Estados do sul e do sudeste do país, virou um hit de verão há pouco mais de uma década, tal como sorvete em fim de tarde, porém sinônimo de energia e saúde. O problema foi que logo se percebeu que aquela deliciosa tigela de açaí, banana e granola era tão calórica quanto um banana split, e o modismo foi perdendo a força. Mas, por suas excelentes qualidades nutritivas, a polpa da fruta entrou na lista de compras de pessoas preocupadas em reforçar a alimentação diária.


Dengue

“Em pequenas quantidades, é bem-vinda para qualquer pessoa saudável, pois nossa dieta deve ser equilibrada, contendo todos os tipos de alimento”, explica Muriel Rebolo Lo Leggio, nutricionista do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE). “Porém, pessoas com taxas altas de colesterol e triglicérides e diabetes melitus devem ingeri-la com moderação”, adverte. Afinal, aquela sensação de tomar “uma injeção de ânimo” vem justamente de sua alta concentração de glicose.
Também é rica em antioxidantes, essenciais no combate aos radicais livres, responsáveis pelo envelhecimento das células. “Daí seu maior benefício ser o efeito protetor contra uma série de doenças degenerativas, entres as quais a cardíaca”, afirma Ana Claudia Santos, nutricionista do HIAE.
Um mito, porém, deve ser desfeito: ao contrário do que muitos acreditam, o açaí não é a melhor opção para repor as energias após atividades físicas. “Se o atleta quer conciliar seu consumo com atividade física, o ideal é comê-lo antes da atividade física”, alerta Muriel.

Delícias de dar água na boca

Para sair da tradicional combinação com banana e granola ou guaraná, os nutricionistas do HIAE sugerem algumas receitas para enriquecer ainda mais a fruta.

Shake de açaí com coco

Ingredientes
  • 100 g de polpa de açaí semicongelado
  • 100 ml de água-de-coco natural
  • 50 ml de leite de coco light
  • Adoçante a gosto
Modo de preparo
Bata todos os ingredientes no liquidificador e sirva em seguida.

Salada de folhas e flores com molho de açaí

Ingredientes
  • 100 g de açaí
  • 1 colher (sopa) de mostarda Dijon
  • 1 colher (sopa) de aceto balsâmico
  • 4 colheres (sopa) de azeite extravirgem
  • 6 folhas de alface crespa limpas
  • 1/2 maço de agrião limpo
  • 1 xícara (chá) de flores comestíveis
  • Sal a gosto
Modo de preparo:

No liquidificador, coloque a polpa de açaí, a mostarda e o aceto balsâmico. Bata bem. Junte o azeite aos poucos, batendo até o molho ficar cremoso. Despeje em uma tigelinha e reserve. Coloque no fundo de um prato a alface e o agrião. Por cima, distribua as flores comestíveis. Tempere com sal. Sirva a salada regada com o molho de açaí.

Publicada em março/2010
Título: Açaí: refrescância e saúde
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